Salário diminuiu e trabalho aumentou nas escolas e universidades particulares

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Os trabalhadores das escolas e universidades particulares de Campo Grande estão em negociação salarial. Neste ano, as negociações acontecem de maneira online, o presidente do SINTRAE-MS (Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Privado do Mato Grosso do Sul), professor Eduardo Botelho apontou as dificuldades enfrentadas pelos professores e administrativos e destacou que o reajuste salarial é primordial à categoria.
“Fizemos uma enquete na qual 85 professores e administrativos de 26 escolas e universidades particulares, de Campo Grande, participaram. Destes, 88,6%, confirmaram que os salários diminuíram no período da pandemia, ao mesmo tempo 77,4% responderam que o trabalho dobrou ou triplicou, sendo que 88,9% dos professores afirmaram que não receberam computadores ou estrutura adequada para preparar suas aulas online. Diante desses dados, é inadmissível aceitar perdas inflacionárias nos salários dos trabalhadores do ensino privado”, explica Eduardo Botelho.

O presidente do Sintrae-MS relatou que os trabalhadores das escolas e universidades têm se empenhado ao extremo. “Trabalham arduamente, se expõe, colocam suas vidas em risco. Agora, que é hora de valorizar estes trabalhadores, mas, nos deparamos com instituições que não querem abrir mão do lucro e propõe vergonhosamente reajuste zero aos salários. Não aceitaremos esse desrespeito com os profissionais”, enfatizou.

A próxima rodada de negociação será nesta quarta-feira, 07 de abril, mas os trabalhadores já negaram a proposta patronal de zero por cento de reajuste apresentada pelos patronais.

Preservar Vidas

Outra constante preocupação do sindicato é quanto à preservação da vida dos trabalhadores, alunos e familiares. O sindicato destaca que desde o início da pandemia recebe denúncias de trabalhadores quanto ao descumprimento do plano de biossegurança. “Somente nesta enquete, foram 17 denuncias referente a 7 instituições. Nestes casos apuramos e entramos em contato com os responsáveis pelas escolas, destacando a importância da execução do plano de biossegurança e alertando que se nada for feito, denunciaremos os nomes das instituições às autoridades sanitárias e até mesmo à mídia se for preciso. Após esse contato continuamos acompanhando, sempre alerta para contatarmos os órgãos sanitários”, explica Eduardo Botelho.